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Por que o Coleginho é tão importante para a cidade de Salto?

Foto do escritor: FABRICIO LIRYA LUIZFABRICIO LIRYA LUIZ

Escola comemora 85 anos sempre inovando e sem deixar de lado a tradição e o carisma educacional das Filhas de São José


A Escola Sagrada Família, a tão conhecida pelos saltenses como “Coleginho”, comemora nesse mês de novembro, 85 anos de fundação, sendo uma das instituições mais antigas da cidade. Milhares de alunos já pisaram nos ladrilhos hidráulicos que ainda embelezam os corredores e algumas áreas da escola, onde foram contemporâneos de momentos marcantes da história.

Em 1936, a educação no Brasil era precarizada e as escolas centralizadas nas cidades maiores. Não fazia nem uma década da criação do Ministério da Educação pelo governo Vargas e estudar era privilégio de poucos. Mais da metade da população brasileira com 15 anos de idade era analfabeta. A cidade de Salto, nesse mesmo período começou a abrigar muitas indústrias, recebendo, assim, o apelido de “Pequena Manchester Paulista”, uma referência ao centro industrial inglês. Muitas famílias que vieram para o município, por conta desse crescimento industrial, sentiam a necessidade de uma educação de qualidade mais próxima para seus filhos. O pároco da época, Padre João da Silva Couto, sabendo da existência do brilhante trabalho das Irmãs de São José em Porto Feliz e percebendo a necessidade de trazer aos saltenses uma educação de qualidade, fez o convite para abrigar a então chamada “Escola Paroquial Sagrada Família”, organizada por ele e dirigida pelo Instituto das Filhas de São José.

Quando as Irmãs de São José pisaram pela primeira vez em terras saltenses, trouxeram na bagagem, além do carisma do fundador do instituto, o Padre Luís Caburlotto, beatificado em 2016, um olhar de esperança. Vindas de uma Europa amedrontada pelo auge dos regimes totalitários, do Fascismo de Mussolini e do Nazismo de Hitler e de uma guerra civil que assolava a Espanha, essas missionárias introduziram, mesmo em tempos difíceis, a possibilidade de uma nova educação baseada na ideia de que “educar é a arte do coração”.

Nos anos seguintes, a educação saltense foi transformadora, graças ao trabalho das Irmãs de São José. Em 1958, com uma estruturação maior, o colégio que ficava no Pavilhão de Artes mudou-se para o endereço atual, bem no centro da cidade, na Convívio Dom Pedro II. É nessa avenida que muitos desfiles cívicos aconteciam nas datas festivas da cidade. A Fanfarra do Coleginho era esperada por muitos e admirada na região toda. Com um carisma educacional ímpar, as apresentações da Escola Sagrada Família marcaram época nesses eventos históricos.

A escola também acompanhou as grandes conquistas brasileiras no esporte. Quando o Rei Pelé marcava seus belíssimos gols na Copa da Suécia em 1958 e no tricampeonato em 1970 no México, os alunos acompanhavam com fervor as conquistas do nosso futebol. O esporte no Coleginho sempre foi marca registrada. Quem não se lembra dos imbatíveis times de basquete que eram temidos nos campeonatos regionais dos anos 80 e 90? E de outros campeonatos que faziam a alegria da molecada da época. Ainda hoje, logo na entrada do colégio, é possível ver os inúmeros troféus vindos das inesquecíveis vitórias dos estudantes.

No final dos anos 90, a educação começa a ter um novo olhar com a sanção da Lei de Diretrizes e Bases no Brasil. A Escola Sagrada Família foi pioneira ao implantar um Ensino Médio diferenciado em toda a região. Os alunos começaram a entrar nas melhores universidades do país, graças ao envolvimento dos educadores do Instituto das Filhas de São José. O carisma deixado pelo Beato Padre Luís Caburlotto se fez ainda mais presente. Não se trata de religiosidade ou influência da fé católica desse diferencial. Ainda hoje, o colégio recebe alunos das mais diferentes religiões. O que se destaca é convívio entre educando e educador, é o chamar pelo nome, é o saber ouvir e acima de tudo, é o acolher em qualquer circunstância. Tudo isso, reflete na atualidade, com excelentes colocações nos vestibulares pelos alunos do Coleginho e notas altíssimas nas redações do Enem.

Já no século XXI, a Escola Sagrada Família foi pioneira na informatização e nas metodologias ativas, além das aulas de Robótica que trouxeram alguns prêmios em concursos do segmento. Em se tratando de premiações, os alunos do colégio já ganharam importantes, como o Concurso de Redação da TV Tem e foram finalistas no “Se liga aí”, concurso da mesma emissora filiada da Rede Globo, sobre curta-metragem. Nos concursos da cidade de Salto, sempre tem algum estudante do Coleginho recebendo uma premiação.

São muitas histórias do nosso amado Coleginho! Uma escola que não parou no tempo, mas que ainda traz do passado o que há de melhor: o amor pela educação, pois a arte de educar precisa vir do coração. São 85 anos bem vividos, inovando a cada dia para orgulhar ainda mais todos os saltenses por muitos e muitos 85 anos.


Parabéns, Coleginho!

 
 

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