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Sarau 2022 - Em toda parte, tudo é arte!

Reflexão dos 100 anos da Semana de Arte Moderna no Brasil


No Sarau 2022, discutimos a importância da arte em nossas vidas, refletindo a ruptura cultural promovida pela Semana de Arte Contemporânea de São Paulo, que nesse ano, em fevereiro, celebrou o seu centenário.

A ideia não é apenas relembrarmos os artistas e suas obras que motivaram a ruptura dos conceitos artísticos do início do século XX, mas percebermos, também, que as manifestações artísticas são necessárias para a formação humana e que toda arte deve ser aplaudida e respeitada, independentemente de contexto, tempo, cultura e espaço, pois em toda parte, tudo é arte!


Ir. Tatiana (Diretora), recebe a todos com uma mensagem do Papa aos artistas.


Apresentação: Fabrício Lirya Luiz e Luciana Aparecida Pavani



Senhoras e senhores!


21 de maio de 20222 foi uma data histórica! Um dia que todos nós que fazemos parte da família Coleginho lembraremos por muito tempo! É o dia de recomeço. Dia de celebrarmos não só o tema desse sarau, mas também a retomada dos tradicionais eventos da Escola Sagrada Família!


Quanta saudade estávamos! Que alegria ver o nosso pátio cheio! Que alegria sentir novamente esse calor, esse misto de união e amor dos nossos educandos, dos educadores e de vocês, pais e amigos.


O Sarau da Escola Sagrada Família de 2022, que teve como reflexão A semana de Arte Moderna de 1922, que nesse ano, em Fevereiro, completou seu centenário. Semana esta que deve ser sim comemorada, aplaudida e reverenciada, pela importância da arte brasileira, da nossa cultura, dos nossos valores, da alegria de sermos brasileiros! E a semana de Arte Moderna só aconteceu graças à garra de artistas protagonistas, homens e mulheres que enfrentaram as críticas e escreveram seus nomes no hall da fama da arte do Brasil e do mundo!


São 100 anos de Arte Moderna no Brasil. Em nossas apresentações, refletimos sobre a importância da arte brasileira em nossas vidas. As pinturas, as poesias, as canções, o teatro, a dança e toda manifestação artística brasileira. A Semana de Arte Moderna, também chamada de Semana de 22, ocorreu em São Paulo, entre os dias 13 e 17 de fevereiro de 1922, no Teatro Municipal da cidade. Cada dia da semana trabalhou um aspecto cultural: pintura, escultura, poesia, literatura e música. Foi a partir daí que a arte brasileira começou a ganhar o seu espaço, fugindo das meras reproduções de padrões da Europa. Nossos alunos, (aliás, nossos artistas, porque os que aqui se envolveram nessas apresentações e na produção, cada um com seu talento, são os verdadeiros artistas! Parabéns, pelos filhos maravilhosos de vocês!), prepararam com muito carinho várias apresentações para relembrarmos essa data importante.


Em toda parte, tudo é arte!


1ª APRESENTAÇÃO – ALUNOS DO 8º ANO

Teatro – 8º ano (trechos do discurso original da Semana de Arte Moderna e do texto publicado por Monteiro Lobato criticando o evento).



2ª APRESENTAÇÃO – MENINAS DO ENSINO MÉDIO


O Brasil, a partir de 1922, decidiu pintar suas roupas velhas de cores novas. E toda essa roupagem veio a partir da voz de artistas mulheres. A mulher do início do século XX, numa sociedade patriarcal, começou a conquistar o seu espaço. A Amélia, da canção de Ataufo Alves, não era a mulher de verdade para aquelas que revolucionaram a arte brasileira. As meninas do Ensino Médio prepararam uma apresentação para homenagear todas as mulheres artistas do Brasil.


Leitura do poema – Triste, louca ou má – de Franciso, El Hombre.


Aluna Gabriela Gardenal 2º EM

Triste, louca ou má Será qualificada Ela quem recusar Seguir receita tal A receita cultural Do marido, da família Cuida, cuida da rotina Só mesmo, rejeita Bem conhecida receita Quem não sem dores Aceita que tudo deve mudar Que um homem não te define Sua casa não te define Sua carne não te define Você é seu próprio lar COREOGRAFIA – Música: Dona de mim – Iza.



3ª APRESENTAÇÃO – 6º ANO


O que falar da arte brasileira sem lembrar do nosso carnaval, do samba, dos enredos, das marchinhas... Mário de Andrade, um dos percursores da Semana de 22, não pensava bem assim. Tanto é que Carmem Miranda, a que levou o nome do Brasil para os States, não era bem-vista pelo escritor. Os alunos do 6º ano farão uma apresentação sobre a concepção de Mário de Andrade ao carnaval brasileiro e uma homenagem à cantora Carmem Miranda.



JOÃO – Explicação da percepção de Mário de Andrade sobre o carnaval brasileiro e

Recital de trechos do poema – Carnaval Carioca, de Mário de Andrade.


Apresentação de dança com as músicas de Carmem Miranda e outras do Carnaval.



4ª APRESENTAÇÃO – Vinícius 9ºEFAF e Meninas do 1º EM


Ainda falando sobre as manifestações artísticas pertinentes ao carnaval brasileiro, alguns alunos do 9º ano e da 1ª série do Ensino Médio prepararam uma homenagem à cantora Elza Soares, falecida recentemente, que deixou sua marca na arte brasileira. Na música “Mulher do Fim do Mundo” a cantora fala da superação dos negros, especialmente da mulher negra e toda a angústia que se transforma em carnaval.




5ª APRESENTAÇÃO – 7º ANO


Mas não julguemos Mário de Andrade meramente por esse texto crítico ao carnaval. Seu estilo literário foi inovador e marcou a primeira fase modernista no Brasil, sobretudo, pela valorização da identidade e cultura brasileira. Junto ao famoso grupo dos cinco, formado por Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Menotti Del Picchia e Oswald de Andrade, ele teve um papel preponderante na organização da Semana de Arte Moderna de 1922. Era um paulistano apaixonado pela cidade de São Paulo.





A aluna Emanuelle, do 7º ano recitou a parte do poema Pauliceia Desvairada que retrata esse amor pela capital paulista, seus desencontros e peculiaridades e sua sala apresentou uma coreografia da música O trem das onze - Adoniran Barbosa para retratarmos a importância de São Paulo na semana de 22.










6ª APRESENTAÇÃO – 1º Série Ensino Médio


Anita Malfatti revolucionou a arte brasileira. Criticada e desvalorizada, a artista provou através de sua arte que não estava de brincadeira. Seu jeito decisivo foi essencial na elaboração da Semana de 22.


Encenação dos alunos da 1ª série do Ensino Médio, sobre a persistência de Anita Malfatti para que sua arte fosse valorizada e aclamada, como é hoje.



7ª APRESENTAÇÃO – Alunos instrumentistas


A semana de Arte Moderna de 22 foi palco de apresentações musicais, principalmente de Villa Lobos, que ajudou inclusive na organização do evento. Nossos alunos instrumentistas e cantores cantaram um repertório musical que correu por todo o século 20, com músicas que marcaram gerações e que são trilhas sonoras de muitas pessoas ainda.




8ª APRESENTAÇÃO – 3º Série Ensino Médio


Os alunos da 3ª série do Ensino Médio fizeram uma batalha musical que refletiu sobre a dualidade do clássico ao popular. A arte, principalmente na música, é presente em todas as esferas sociais.




9ª APRESENTAÇÃO – 9º ANO


O poema “Os sapos” de Manuel Bandeira foi o marco da Semana de 22, intensamente criticado, pois a intenção do artista era mostrar que os valores clássicos e parnasianos poderiam existir, mas jamais sobreporem a diversidade artística brasileira. Os alunos do 9º ano criaram uma apresentação inspirada nele e da diversidade musical brasileira.




10ª APRESENTAÇÃO – 2ª Ensino Médio


O modernismo no Brasil, tanto na literatura, como em outros movimentos, teve por base a semana de Arte Moderna de 22 e a inspiração das vanguardas europeias. Nesse período, em que o Brasil passava por transformações sociais importantes, a arte se posiciona de forma protestante. Nos anos 20, alguns manifestos escritos surgiram para reivindicar a essência da arte brasileira, como Manifesto Pau-Brasil, Manifesto Verde e Amarelo, Manifesto Antropofágico entre outros.


Os alunos da 2ª série do Ensino Médio representaram as artes de protesto, de intervenção, as artes da rua e a arte das excluídos.



ENCERRAMENTO


A Semana de Arte Moderna trouxe um rompimento, uma destruição das estruturas clássicas, acadêmicas, harmônicas, e por esse motivo tem caráter anárquico e destruidor. Mário de Andrade chamou a primeira fase do Modernismo de “fase da destruição”, já que é totalmente contraditória ao parnasianismo ou simbolismo das décadas anteriores. Os artistas têm em comum a busca pela origem, daí vem o nacionalismo e acarreta a volta às origens e valorização do índio, do negro, do sertanejo e do povo das periferias. Essa destruição não tem a nada a ver com bagunça, mas no sentido de destruir para construir uma identidade artística brasileira.


Os alunos do 9º apresentaram uma dança nesse contexto da construção da arte brasileira em todas as esferas.




Infelizmente, ano passado, num trágico acidente, a rainha das lives nos deixou. Marília Mendonça, aquela que parou o Brasil com suas transmissões na internet foi brilhar e cantar lá no céu. Mas a cantora disse por várias vezes a necessidade de celebrarmos a vida. E assim que gostaríamos de homenageá-la, celebrando a vida!


A Professora Michele e seu companheiro Diego da COMPANHIA DE DANÇA INSTITUTO ENCONTRO, fizeram uma apresentação para relembrarmos a nossa rainha da sofrência, Marília Mendonça.



Vocês já pararam para pensar o quanto mudamos nesses dois anos de pandemia? Aquilo que achávamos, que tínhamos convicção, já não temos mais. Passamos por tempos de incertezas. Tempos de tristezas. Tempos de dores. Perdemos quem amamos. Perdemos quem admirávamos. Luzes que brilhavam aqui na terra, trazendo-nos alegria, satisfação e acima de tudo admiração, apagaram-se. Todos nós, certamente, temos alguma estrelinha que está brilhando no céu. Alguém que dá saudade, que dá aquele aperto no coração.


Muitos artistas que se foram durante a pandemia agora cantam, pintam quadros, escrevem poesias em nossas lembranças. Nossa missão a partir de agora. É não deixar que essas luzes se apaguem. Que possamos lembrar dos risos, das emoções, dos abraços, das poesias, dos passos de danças e que cada lágrima que derramamos por aqueles que perdermos, possam ser multiplicadas em lágrimas de alegrias. Agora é tempo de sorrir! E hoje aqui, esses alunos incríveis mostraram que a vida é uma arte e que precisa ser pintada, dançada, recitada e aclamada todos os dias. Celebremos a arte em toda parte! Celebremos a vida!


Alunos Caroline 2º EM, Vinícius 9º EFAF, Calístine 1º EM, Letícia Castelline 1º EM e Beatriz Ito 3º EM entram com cartazes de artistas que nos deixaram na pandemia.


E esse foi o nosso Sarau 2022! Em toda parte, tudo é arte! Agradecemos a presença de todos.


AGRADECIMENTOS


  • Aos Pais e responsáveis dos nossos alunos

  • Educandos da 3ª série do Ensino Médio, 2ª série do Ensino Médio, - 1ª série do Ensino Médio, 9º Ano do Ensino Fundamental, 8º Ano do Ensino Fundamental, 7º Ano do Ensino Fundamental, 6º Ano do Ensino Fundamental.

  • Diretora Simone da Escola São José de Porto Feliz

  • Direção e Educadores da Escola São José de Vila Matilde

  • Eliseu - Harmonia Formatura e Buffet

  • Fotografia - Murilo

  • QG Eventos - Equipamentos de Som e Iluminação

  • Microfones - Som Maior

  • Luz e Efeitos especiais - Luís Ricardo Bernardes

  • Decoração - Milena Pereira, Jussara, Ir. Fátima, Ir. Vanessa, Dona Telma

  • Coreografia e Ensaio- Educandos 6º ao 3ªEM, Michelle e Diego, Flávia e Jennifer

  • Ensaios - Marília Gabriela, Roseane

  • Live - Alison

  • Recepção – Jackeline e Gentil

  • Apoio – João Pedro

  • Som – Janaina

  • Cozinha – Cícera, Beth, Andressa e Islaine

  • Caixa – Leandro e Sandro

  • Limpeza – Gracielle e Flavia

  • Financeiro – Valdívia

  • Produção e marketing- Alex

  • Bastidores - Camila Tabaro, Frederico, Carlos, Roseane, Gabriela

  • Projeto Sarau - Fabrício, Luciana, Diana

  • Organização – Rosana

  • Direção - Ir. Tatiana








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